27/05/2025
A iniciativa visa unir gestores públicos e pesquisadores para o desenvolvimento de práticas conectadas às realidades locais. Dois editais com inscrições gratuitas estão abertos.
Notícias
16/05/2025
O que é DIX? E por que jovens buscam formas privadas de interagir on-line no Instagram e no TikTok?
Reportagens
30/04/2025
Iniciativa da MultiRio leva estudantes da Escola Municipal Nicarágua a vivenciar a cobertura de um evento internacional e reforçar a formação cidadã por meio da educação midiática.
Notícias
27/06/2025
Papel, caneta e um celular na mão. Assim estudantes da ANDAR (Agência de Notícias dos Alunos da Rede) participaram do Festival LED 2025 como jovens repórteres.
Reportagens
09/06/2025
Evento pretende promover reflexões pedagógicas e culturais com autores consagrados, espaços interativos e ações voltadas à formação de leitores.
Reportagens
05/06/2025
Debate sobre estratégias de proteção e educação digital e midiática, promovido pelo Governo Federal, apresentou documentos de referência para famílias e educadores.
Reportagens
04/06/2025
O evento de lançamento, apelidado de forma bem-humorada de "A Cúpula na cúpula", aconteceu na noite de segunda-feira, 2 de junho, na Cúpula Carl Sagan do Planetário do Rio.
Notícias
O afoxé teve origem na Bahia, como herança de diferentes povos africanos que chegaram ao Brasil na condição de escravizados.
O primeiro grupo de afoxé surgiu em 1885, em Salvador: o Afoxé Embaixada da África.
O Desfile de Afoxés, ou Cortejo de Afoxés, é uma expressão característica do carnaval baiano, com raízes vinculadas à religiosidade afro-baiana, e reconhecido como patrimônio cultural imaterial no estado.
Na década de 1970, o afoxé também se popularizou no estado de Pernambuco. Lá, ele surgiu como instrumento de luta e de combate ao racismo, conforme conta Fabiano Santos, então presidente do Afoxé Alafin Oyó, em vídeo do canal Afoxés de Pernambuco.
De origem iorubá, a palavra “afoxé” pode ser traduzida como "a fala que faz".
O afoxé tem forte vinculação com as manifestações religiosas dos terreiros de candomblé. Roupas nas cores dos orixás, cantigas em língua iorubá e instrumentos de percussão são algumas das características.
Para Goli Guerreiro, antropóloga e pesquisadora, os afoxés “podem ser descritos como ‘candomblés de rua’. Quase todos os membros dos afoxés se vinculam ao culto. Seus músicos são alabês, suas danças reproduzem as dos orixás, seus dirigentes são babalorixás (chefes de terreiro que dominam a língua ioruba) e o ritual do cortejo obedece à disciplina da tradição religiosa.”
Três instrumentos básicos fazem parte desta manifestação: o afoxé (ou agbê), espécie de cabaça coberta por uma rede formada por sementes ou por contas plásticas; os atabaques, tipo de tambor alto e afunilado; e o agogô, formado por um sino único ou duplo, sem badalo, feito de metal e golpeado por uma vara de metal ou madeira.
A formação original do afoxé era composta por arautos (músicos anunciadores), guarda branca, rei, rainha, Babalotin, estandarte do afoxé (normalmente bordado a fios de ouro), guarda de honra e charanga (músicos que tocavam atabaques, agogôs, xequerês e afoxés).
Manifestações culturais ligadas à música, à dança e à religião são símbolo de resistência, da identidade e da história de diversos territórios e povos. No Brasil, essas manifestações tiveram origem ou influência africana, indígena e, também, europeia. São exemplos: o afoxé, a banda de pífanos, o siriri, serafina, o tambor de crioula, o ticumbi e o cavalo-marinho.
Fontes:
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Portal Musica Brasilis.
LIMA, Ivaldo Marciano de França. Afoxés: manifestação cultural baiana ou pernambucana? Narrativas para uma história social dos afoxés.
Desfile de Afoxés. Governo do Estado da Bahia. Secretaria de Cultura. Salvador: Fundação Pedro Calmon; IPAC, 2010.